
O conhecimento e as habilidades são os principais fatores não só para o desenvolvimento da economia, mas também para que os líderes permaneçam competitivos. Quais seriam as competências desejadas para que o líder atue em um mundo de grandes mudanças e avanços tecnológicos?
Inicialmente precisamos compreender a diferença entre habilidade e competência. A habilidade está associada ao saber fazer, é uma ação física ou mental que indica capacidade adquirida. A competência é um conjunto de conhecimentos e habilidades harmonicamente adquiridas e que caracterizam por exemplo uma função ou profissão. Vale destacar que o conhecimento somado as habilidades, quando colocados em prática através de nossa atitude formam um conceito que ficou bastante conhecido no mundo acadêmico e corporativo como a regra do CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude).
De acordo com Tom Coelho, a mais difundida definição para competência foi formulada por Scott B. Parry, em sua obra The quest competencies, de 1996, em que ele diz:
“Competências são um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes que afeta a maior parte de uma tarefa (papel ou responsabilidade), correlacionando à performance, que pode ser medido a partir de parâmetros bem aceitos, e que pode ser melhorado através de treinamento e desenvolvimento. ” [1]
Considerando então, a absorção dos conceitos destacaremos
25 competências relevantes para que o líder atue de forma satisfatória e em evolução:
- Liderança inspiradora: Capacidade de motivar profissionais e aumentar os níveis de produção e satisfação de colaboradores;
- Gerenciamento de pessoas: Habilidade de utilizar métodos, técnicas e práticas de administrar os comportamentos internos e potencializar o capital humano nas organizações;
- Desenvolvimento de pessoas: Orientação para a evolução das competências do profissional visando à evolução de carreira;
- Relacionamento interpessoal: Habilidade de comunicação para se relacionar com diversos tipos e perfis de pessoas;
- Trabalho em equipe: Capacidade de interagir coletivamente para atingir metas e solucionar problemas;
- Capacidade de delegar: Ser capaz de descentralizar e distribuir tarefas de forma clara e objetiva para obter os resultados desejados;
- Habilidade de controle: Conduta equilibrada de acompanhar os resultados das tarefas delegadas;
- Feedback: Verificar a compreensão de sua mensagem pelo receptor e trazer comentários, sejam negativos, sejam positivos, a outra pessoa, de maneira a gerar ou reforçar comportamentos adequados;
- Habilidade de ouvir: Capacidade de entrar em sintonia como que a outra pessoa está dizendo, sem deixar levar por suas próprias interpretações;
- Capacidade de comunicação: Saber transmitir informações claras dentro do critério de separação das ideias entre principais, secundárias e terciarias;
- Planejamento: Capacidade de organizar todas as etapas sequenciais e necessárias ao sucesso de um projeto ou meta;
- Definição de metas prioritárias: Habilidade de identificar o que deve ser feito prioritariamente para otimizar o tempo e obter resultados eficazes;
- Gerenciamento de processos: Saber mapear e acompanhar as rotinas operacionais corporativas, considerando a transversalidade de diversas áreas;
- Visão de negócio na tomada de decisão: Capacidade de considerar as melhores ações em função da competência da empresa ou de sua meta estratégica;
- Gestão do tempo: Capacidade de organizar as tarefas dentro de um cronograma, sem se deixar levar pelos “ladrões do tempo”;
- Contratação de subordinado: Saber entender o que é imprescindível e qual profissional pode contribuir melhor em curto e médio prazos;
- Combatividade e capacidade de solucionar problemas: Ter iniciativa para analisar a situação de forma ampla, persistir apesar das dificuldades e não se deixar desanimar por imprevistos;
- Flexibilidade e adaptabilidade: Habilidade de se ajustar a diversos perfis de comportamento, sem pré-julgamento e mantendo um foco positivo;
- Negociação entre pares: Capacidade de articulação e negociação em prol de objetivos corporativos;
- Gestão de conflitos: Habilidade de isentar-se de prejulgamentos e atuar com empatia, ultrapassando as implicações pessoais;
- Habilidades políticas: Habilidade de se conduzir de maneira estratégica, evitando desgastes desnecessários e propiciando a formação de sinergias em prol de objetivos corporativos;
- Inovação e Criatividade: Capacidade de produzir soluções novas;
- Visão estratégica: Capacidade de olhar acima da situação apresentada, analisando diversos cenários e visualizando soluções amplas;
- Networking: Interação com diversas pessoas, semeando uma rede de contatos que gere trocas positivas;
- Gerenciamento do estresse: Ser capaz de identificar gatilhos provocadores de estresse, criar nova perspectiva sobre a situação e manter uma atitude positiva.
Como vocês podem observar, as competências que acabamos de citar, são formadas por conhecimento e várias habilidades. Esta soma necessita ser colocada em prática através de nossa atitude, ou seja, não basta aprendê-las, precisamos desenvolver cada uma através de nossa atuação profissional no dia a dia e também no aperfeiçoamento com treinamentos específicos.
Para que você possa iniciar este processo de autoconhecimento, faça uma lista com estas competências e dê uma nota de zera a dez de acordo com seu conhecimento e desenvolvimentos destas competências, é uma boa forma de ampliar sua visão e iniciar um processo de crescimento profissional.
Ednilson Alves
Especialista em Estratégias Empresariais e Licitações
[1] COELHO, T. Neocompetência: uma nova abordagem para o sucesso profissional. Tomcoelho.com, maior 2011. Disponível em: http://www.tomcoelho.com.br/index.aspx/s/Artigos_Exibir/160/Neocompetência_-_Uma_nova_abordagem_para_o_sucesso_profissional. Acesso em: 15 dez. 2019.